quarta-feira, agosto 09, 2006

Durante o café a memória mais fresca.

- Ela parecia enlouquecer por esta altura. Tanto passava horas junto à praia a ver chegar as aves, como subia aos locais mais íngremes para ver as ninhadas.

Só nisso não andávamos juntos...


ABrito

- Sim, tu e o teu grupinho de tolos preferiam caçá-los. Muitas vezes lhe vi água a bailar nos olhos, quando sabia das incursões à noite de lanterna em riste. Era o massacre.


Bill Schmoker

- Não exageres. Eu nunca cacei crias, sempre me deu prazer caçar em voo. Afinal elas são aos milhares, época adentro...que diferença fazia?

- A ti nenhuma. Já a Irene sei que importava e muito. Somos amigos desde sempre, lembras-te?

- Sim, ela tinha até uma hábito que me dava ciúmes confesso, o de chamar-te irmão.

De novo a garagalhada de Fernando. Riram ambos, como se tudo se tivesse passado há muito tempo já.

André voltou para a casa pelo lado da praia, tinha intenção de preparar o barco e ir à Ilha Branca, ainda que a fé de encontrar Irene fosse quase nenhuma mas, tinha lá tanta história a reviver...

- Um ninho. Um ninho aos meus pés. A minha mãe teria um sentido para isto... eu não. Mas é a primeira vez que a maré me traz um ninho. Que estupidez impressionar-me assim!


at all-creatures


- Amanhã, irei à outra ilha manhã cedo.


(segue)

1 Comments:

Blogger della-porther disse...

D.

um grande cara me disse que:
"O ciúme lançou sua flecha preta
E se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre nem triste nem poeta"
Essa história é muito boa.

beijos

della

1:46 da manhã  

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