Pela manhã
abriu a porta ao sol que havia.
- O Fernando deixou que a casa em volta virasse um matagal. Se houvesse um fogo por perto lá se ia uma casa com história, a minha história. Hei-de ajustar contas com esse mau pagador de promessas.
A própria mata e as praias mais abaixo e as ilhas pequenas tinham não só a história dele, a dele com Irene.
- É claro agora porque estive dois anos sem voltar. Tudo foram patéticas justificações arranjadas por mim para adiar isto, este vazio...
- Já falas sozinho André? O continente fez-te mal.
A gargalhada do Fernando, incomparável, arrancou-o às memórias doridas. Primeiro puseram em dia as novidades da terra e da experiência de André, depois foi o amigo que abordou o tema.
- Estavas com aquele olhar perdido com que te víamos quando a Irene te deixou.
- Ela não me deixou. Não tínhamos compromissos nessa altura, sabes isso...
- Expressos talvez não, mas o que se vive em conjunto forma um compromisso provavemente com marcas mais profundas. Ainda não vês isso agora?

Via. Via e via a mulher que perdera sem entender porquê, por toda a parte.
- Deixa esse olhar de cego à espera que o mar a traga e procura-a!
- Mas onde?
Apercebeu-se e quis retirar a frase, mas o amigo não deixou.
- É o tempo das aves. Irene amava esta altura do ano. Ainda te lembras aonde nidificam?
Vem, vamos tomar café.
(segue)
12 Comments:
Acedo prontamente ao pedido.
Tomamos café onde?
Contas-me o resto da história "Pela manhã"?
1Bj
Sugcrasis
Onde é que ele a vai encontrar? Ou antes onde é que ele se vai encontrar? bj
Para matar saudades aqui te deixo um beijo e os votos de tudo de bom para ti.
Sim, minha cara, lá é tudo ficção. Embora valendo-me da rima tudo poderia se tratar de um vidão. Agora ao seu texto. Texto? Isso é mais um roteiro para um filme que a gente nunca reclama por ficar preso a cadeira e não ir embora não. Mesmo depois que ele termine, inclusive o tal do café que normalmente se toma depois.
abçs
Ilidio
um novo jogo instituído com a mesma subtileza e suspense
.
.
.
uma marcação cerrada
.
.
um ritmo a condizer
.
virei como de costume
preso(a) à história
.
entretanto ,aceito o café
:-))))))))
Café, agradeço!
E agora? Encontrará Irene?
Huuuuuuummmmmm....
Bjs
Obrigada a todos. Espero continuar a merecer as vossas visitas.
Bjs
Ilídio, excepto nos outros exageros bondosos, concordo com a parte do guião. Nunca escreveria um romance mesmo que tivesse competência para isso.
Fiquem bem. :)
também aceito um café...
:)
bjs
Bem! Abandono a blogosfera por uns momentos e ao regressar encontro um teu novo blog numa fase já bem avançada de desenvolvimento!
Como sempre há uma espécie de névoa nas tuas palavras, uma névoa de memória em que os personagens se vão movendo, uma névoa de manhã de Outono bem cedo e que está no olhar que procura. E se a descoberta do procurado estiver também envolta nessa névoa?
Beijinhos
recien escuchaba en casa la cancion Verdes Anos, que me regalaste
llego aca y entre las letras y las imagenes se envuelve un bello encanto con historia que vas relagando y vamos siguiendo
gracias por tu compañia, mi abrazo desde el ultimo lugar del mundo
besitos y mi abrazo
besos y sueños
actualizo-me amanhã... hoje já é tarde :)
(perdi o link nesta minha mania de apagar blogs.....)
so long!
D.
Vou tomar café com Fernando....depois eu volto.
Estou adorando.
della
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