terça-feira, julho 11, 2006

qualquer medo subterrâneo

que a conversa tida com o o grossista lhe tivesse deixado cair no inconciente, esbateu-se com a chegada do marido.

René Asmussen

jantaram, conversaram e amaram-se em paz, sem medo de papões. só quando já se preparava para dormir a referiu a Thomás. estranhou-lhe a reacção. não riu, pelo contrário as pupilas que ela tanto olhava contraíram-se e um esgar incontrolável marcou-lhe a boca suave.

- que foi? diz! não vais acreditar nesse disparate de casas assombradas, vais?

- sabes bem que nunca gostei muito dela, mas está linda agora e eu também não quero acreditar...

- não queres? mas que se passa?

- nada. dorme meu amor.

- não. eu tenho de saber.

- já sei que não te calas enquanto não contar. mas deve ter sido só cansaço meu... foi na vinda para casa, ali antes da curva, na chegada. um rebanho que não estava na estrada surgiu como se fosse mágico e duas ovelhas pararam frente ao carro. por pouco não morríamos, eu e o motorista.


Jack Picone

súbito os travões não funcionaram. foi horrível.

- ó meu amor!

- espera, o estranho mesmo foi que o rebanho, depois de ultrapassado, desapareceu tal como surgira e não chocámos com ovelha nenhuma. também o carro voltou a funcionar. o Gomes estacionou e agarrou-se à cabeça. ele que é condutor de profissão...

deitaram-se em silêncio.

Tina tinha no cérebro uma frase do marido, se calhar foi só cansaço meu...

- cansaço? e o Gomes viu o mesmo? há alguma coisa muito errada aqui.

demorou a adormecer naquela noite.

(segue)

6 Comments:

Blogger Teresa Durães disse...

Hum....

Espero o fim....

10:18 da manhã  
Blogger Era uma vez um Girassol disse...

Brrrrrrrrrr....
Continuo curiosa....
Bjs

6:32 da tarde  
Blogger José Pires F. disse...

Ai, ai...o rumo que a história está a tomar.
E ela vem, vagamente, levemente, sozinha e solene de mãos caídas e eu, teu leitor, espero que o absurdo arrepanhe as nossas entranhas com uma vaga sensação de medo, de misterioso receio angustiado, provocado por toda a extensão da tua imaginação.
Ai, ai... embarco nesta viagem.

8:27 da tarde  
Blogger Jorge Cardoso disse...

Aceitam-se apostas...
eram britânicos... ou o conto é britânico, não?
pela foto... volante à direita...
e o motorista? Ou é o assassino, como sempre, ou é o Ambrósio, não?
Sim, o do Ferrero!
Sugcrasis

1:23 da manhã  
Blogger K'os disse...

a curiosidade cada vez é maior

:)

11:56 da tarde  
Blogger Verena Sánchez Doering disse...

el amor a veces logra derribar todas las barreras...
el amor a veces se escribe en bellas melodias que atrapan para siempre
esta historia tiene mucho de todo esto
besitos y gracias por tus saludos
llegar aqui es un encanto, ademas quedo muy bello el cambio
solo que me sorprendes siempre, cambiando el nick
un abrazo grande
aca llueve mucho y lleva 3 dias asi, el viento danza y deja la ciudad sin electricidad...es el invierno que habla
besitos



besos y sueños

4:46 da manhã  

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