final feliz...

Renata Ratajczyk
não fora Tina pertencer à aristocracia rural e ser pouco dada aos negócios citadinos do marido. daí aliás, a escolha e a dedicação à casa e à larga parcela de terreno que a cercava.
a casa foi quase refeita toda. a mulher escolhia, vigiava e ia à cidade vizinha escolher ela própria tintas e tecidos para a fase final. foi numa dessas idas trabalhosas, que um comerciante perguntou que casa nova estava a ser construída que não vira nada novo por ali.
- é minha a da colina, sabe, a que estava à venda e penso que por tão escondida não vendiam? linda! e então o lago, a cascata interior, os terrenos em volta... foi uma sorte a minha!
- a casa da cascata? a assombrada? e diz a menina que isso é sorte?...
- claro. espere, você disse assombrada? de que disparate estaremos a falar?
soltou a gargalhda alegre do costume. não era de crendices. mesmo fé tivera-a até à primeira comunhão, por insistência e tradição familiar.
- esqueça o que eu disse. coisas que se contam... não vai viver sozinha lá, ou vai?
- não, claro. acabei de casar.
- a senhora desculpe, parabéns! sejam muito felizes e passem sempre por aqui! para clientes vizinhos, fazemos sempre uma atenção especial.
o homem parecia embaraçado, quase a acelerar a transacção, mas Tina não valorizou isso. era feliz, que mais podia querer?

ao passar pelo lago olhou-o como sempre, mas pareceu-lhe morto, esverdeado de limos e um dos barcos ali abandonados, parecia mesmo estar a afundar.
- que disparate! influência desta conversa tola de província. vou ter de me acostumar.
(segue)
6 Comments:
E eu vou lendo!
Boa tarde
Era feliz…que más podía querer?
Que hermoso.
Siempre se busca más allá…¿Por qué será así?
A veces se tiene todo o nada…siempre queremos la felicidad, la que cuesta tanto encontrar
Besitos y que estés muy bien
besos y sueños
continuo a gostar, agora ainda me deixaste mais alerta
:)
dsc mas não finais felizes!com muita pena minha.
D.
Sinto no ar...uma leve trilha de suspense.
beijos
Casa assombrada, hein????
Promete....
Bjs
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