Enraizado na montanha
sentia-se agora dividido entre a terra e o mar. Era urgente seguir os rios, descer sempre até encontrar o que perdera por confiança em excesso ou distração.
A certeza do amor tivera-a quando lhe soube um filho e o sentir redobrou.
- Cada um de nós nasce incompleto, eu encontrei a minha metade. É ela. Tudo o resto são consolações que arranjam os que nunca encontaram a sua, para sofrer menos, para ter uma ilusão de companhia, nada mais.
Dormia pouco e pelos montes sempre. Não viera preparado para viajar. Cada flor que acordasse à sua beira na manhã orvalhada, colhia-a para Rita. Sobretudo as brancas.

Rita assumira a dimensão da virgem que uma seita maldita está à beira de imolar.
- Se ainda não o levaram, ninguém lhe tirará o filho que já sinto no peito como meu. Assim eu chegue a tempo...
E descia montes. Invadia cidades.
(voltamos breve)
2 Comments:
D.
Mortal
Um desejo desesperado...um amor...
"invadia cidades" ...muito, muito bom. O resto é o resto.
Beijos
Será o amor o fim de tudo? Estou por Florbela Espanca... Um nao, muitos... e quem disser o contrário mente... :)
Não sei se o que completa não é mais do que esse tipo de amor.
Mas continuo a ler, claro.
(nunca comento as histórias mas não resisti porque vi o comentário da Della-porther. Uma história é uma história, quer se pense do mesmo modo quer não)
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