Já estás mais calmo? ainda bem.
Tu vais-me desculpar mas

Foste à cidade encontraste o prazer que te faltava e, confundiste tudo!
Também nunca entendi essa tua relutância em casar. O casamento dá equilíbrio, conforto...

Tivesse sido isso e eu dava-te razão .
Eu estava desassossegado mesmo. Na cidade chovia, uma chuva cerrada, noite do demónio!
Paguei a noite toda e o dia seguinte. Ia com sede, sede de deserto, daquelas de encher de poeira e ressecar, da garganta ao sexo da gente.
Nem a vi, acreditas? Não era a cara que lhe procurava. É que não era mesmo. Só senti, de leve, o cheiro mofoso do quarto dela, depois a pele...
Foi um abre as asas toda a noite. Só parava para dormitar e ganhar forças.
Ela entregava-se ou fazia de conta, mas tão bem!
De manhã fiz a barba, ia levá-la a almoçar para voltarmos para o quarto, tinha o desejo a crescer como erva daninha.
Foi nessa altura que lhe vi o rosto, tinha côr. A noite já se fora. Tinha côr e chorava, silenciosamente. Sem dar pelo que fazia abracei-a.
Ainda lhe sinto o líquido salgado aqui no rosto, do lado esquerdo.
Ela chorava, homem, entendeste?
E eu não sabia porquê...
(vai continuar)
6 Comments:
obrigada pela visita!
Agradeço a visita e atenciosas palavras...E seguindo-as aporto neste recanto...Mar para meu encantamento; Texto para ser desfrutado com prazer; Arte... leveza e beleza; Música...suave.
Ah! E as cordas...essas me manterão aqui, eternamente.
Saudações
Muito obrigado pela tua visita.
Estás lincado/a nos "Outros Brincos", no meu quintal.
daniel
Bem… presumo que és homem, mas isso também não é importante, importa sim, que gostei do conto e já espero pelo resto.
Esta é uma história como muitas do quotidiano, nem mais, nem menos e sem surpresas. Acontece, que está fluida, fácil de ler e até agora bem contada, mas para dizer algo mais só com a continuação.
Bem vindo(a)
Só problems! :)=
obrigada pela visita (elogio incluido)
:)
Vou estar atento à cont.
Mais um link para a minha biblioteca.
abraço
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